quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Tudo, alguma coisa e nada

Na vida que vivemos somos tudo, alguma coisa e nada.
Às vezes ao mesmo tempo, às vezes em momentos diferentes, 
mas no fundo, desta regra ninguém escapa. 

Para alguém em cujo pensamento nós habitamos, 
somos tudo que ele precisa;
Para outro cuja felicidade se foi,
em nós, alguma esperança habita.

Somos o amor de um, a tragédia de outro,
A alegria daquele que o coração está fechado à ferrolhos;
Nada somos para aquele cujos sonhos são altíssimos, 
que acabam nos julgando de sua atenção indignos.

Estas palavras parecem cruéis se lidas sem zelo,
pois não conseguirão expressar tudo que merece apreço
na jornada da vida que cobra seu alto preço.

Diante do Cosmos somos mero alento,
diante da vida, alguma fração de tempo;
Diante do amor, toda esperança dentro
de um pulso de vida que diante de tudo é mero fragmento.

Na vida que vivemos somos tudo, alguma coisa e nada.
Às vezes ao mesmo tempo, às vezes em momentos diferentes, 
mas no fundo, desta regra ninguém escapa.

Autor: Líniker Santana




8 comentários:

  1. Este texto é muito poético, pois na vida em alguns momentos somos tudo para algumas pessoas, alguma coisa para outras e nada. Mas que diante do universo os três simultaneamente:
    Tudo - somos a maneira pela qual o cosmos tem consciência de si mesmo - Carl Seigan;
    Alguma coisa - Fazemos parte do universo como uma quântica partícula participando assim da composição do cosmos;
    Nada - somos tão pequenos que desaparecemos diante da "imensidão do vasto universo".
    Portanto tudo, alguma coisa e nada.
    Lineker, sou seu admirador.

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    Respostas
    1. Grande poeta alagoano Luiz Carlos, muito obrigado! Você é um escritor genuíno, um poeta sem ressalvas! A recíproca é verdadeira.

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  2. Poetisa Rebeca Helena! É um enorme prazer tê-la visitando meu blog. Volte mais vezes! Abraço!

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