quinta-feira, 22 de maio de 2014

O ser humano e seu "desvalor" de hoje em dia

Como viver hoje em dia?
      O mundo hoje tem cerca de 7 bilhões de habitantes. O Brasil quase 200 milhões. "Muita gente", alguém dirá. Outro, por sua vez, falará: "Até demais". Embora o crescimento populacional do planeta esteja ligado a capacidade de produção de alimentos, as melhorias de saneamento básico trazidas com a modernidade, a tecnologia na área da saúde e aos avanços econômicos, existe algo que anda na contra-mão destas estatísticas positivas. Esta estatística contrária "segue" aquela regrinha básica da lei da demanda no mercado: quanto maior for a oferta de um produto no mercado, menor é o preço deste produto.
       A vida, infelizmente, não está sendo vista com os mesmos olhos de valiosidade de antigamente, embora com tanto avanço. Mas, por quê? Por que tem muita vida (gente) no "mercado". É, muita gente, menos valor. Pois a regra é clara: morre um, outro está à disposição. Esta situação está presente em todas as formas de relação social, legal e ilegal. Se o usuário não paga a conta da droga, alguém vai lá e o mata. Pronto. "Vamos viciar outro agora, esse já era". Já era uma vida... mas, dentre 7 bilhões, uma não faz falta, não acha? "Aquele 'cara' olhou para a minha namorada, não gostei!" Bala nele. Pronto, resolvido. Menos uma vida. Ah, mas nem vai fazer falta.
     Enquanto que no passado remoto mulheres sofriam por conta da esterilidade e sentiam-se amaldiçoadas e inferiores por causa disso, hoje volta e meia temos notícias de crianças achadas e rios, lixeiras, privadas, matagais, isso sem contar os casos de aborto. Repito, isso só o que é noticiado. A vida, seja animal ou vegetal, não está sendo respeitada. Por qualquer coisa se mata. Por menos que qualquer coisa outra vida é tirada. E o pior, já estamos insensíveis a isso, pois dado à frequência, achamos quase que "normal". O absurdo: muitos ficam com a terrível "expectativa" (ironia) de serem os próximos!
     Mas, o que fazer? Tornar-se insensível ou neurótico, medroso e recluso? Bom, os extremos são perigosos. A melhor alternativa ainda continua sendo viver e ser sensível à vida alheia. Fazer de tudo para combater o que desvaloriza a vida também deve fazer parte da rotina de quem pretende ser feliz. Ante o desvalor, valorize e valorize-se, pois vida só temos uma.

Líniker Santana

Um comentário:

  1. O mundo de hoje só sobrevive quem sabe viver. Nem a maioria das vidas de hoje não esta sendo vingada, são mortas pela pessoa que deveriam proteger.

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