Não sou o que sonho. Não sou o que sonham. Não sou o que sonharam. Não sou o que sonharão.
Não sou o que tenho. Não sou o que têm. Não sou o que tiveram. Não sou o que terão.
Mas, o que eu sou então?
Sou um ser em construção, o resultado de pedra sobre pedra, de cada madeira da embarcação. Sou o agora, que dito, já é passado, o futuro, que agora é presente, que logo, numa fração de instante, também será passado.
Não sou, por assim dizer, perene. Sou um corpo, cuja temporalidade se demonstra a cada segundo. Um ser que flui pelo rio da existência.
Este é o que fui. Este é o que sou. Este é o que serei.
In paucis verbis.
Autor: Líniker Santana
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