LÍNIKER SANTANA - UM OLHAR FILOSÓFICO
FALANDO DE FILOSOFIA, AMOR, DEUS E EXISTÊNCIA EM UM SÓ LUGAR
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Você é jovem ainda? Amanhã velho será!
sexta-feira, 2 de junho de 2023
No silêncio de uma manhã fria
Encontro os meus medos. Eles mudaram tanto que não sei mais o que temo e que não temo. Encontro as minhas paixões, reflexos de um coração que já desejou algo vigorosamente. Encontro minhas certezas. Um dia elas foram tão completas, tão seguras, tão firmes! Hoje são memorial de um ser que não consigo mais acessar. Hoje são incertezas. Encontro o silêncio ruidoso e a solidão acompanhada. Ambos sofisticados e simples ao mesmo tempo, num paradoxo que parece não ter fim.
No silêncio de uma manhã fria, após longa noite de desconfortos e sonhos interrompidos, penso naquilo que é mais importante para ser feliz: olhar para dentro de si mesmo e descobrir que a felicidade é dada em porções tão tímidas que nosso paladar existencial nem sempre consegue experimentar!
Autor: Líniker Santana
domingo, 19 de fevereiro de 2023
Os filósofos de Caverna do Dragão
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023
#InPaucisVerbis - Pelo rio da existência
Não sou o que sonho. Não sou o que sonham. Não sou o que sonharam. Não sou o que sonharão.
Não sou o que tenho. Não sou o que têm. Não sou o que tiveram. Não sou o que terão.
Mas, o que eu sou então?
Sou um ser em construção, o resultado de pedra sobre pedra, de cada madeira da embarcação. Sou o agora, que dito, já é passado, o futuro, que agora é presente, que logo, numa fração de instante, também será passado.
Não sou, por assim dizer, perene. Sou um corpo, cuja temporalidade se demonstra a cada segundo. Um ser que flui pelo rio da existência.
Este é o que fui. Este é o que sou. Este é o que serei.
In paucis verbis.
Autor: Líniker Santana
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
Três verdades sobre o tempo
segunda-feira, 11 de julho de 2022
#InPaucisVerbis - Marcos e o mundo novo
São 6036 dias desde que tudo começou. A primeira vez. Naquele dia, naquela hora, naquele instante, Marcos estava ali, intacto, vislumbrando um mundo novo diante dos seus olhos. Um mundo que desde então não foge aos seus olhos.
Às vezes sempre, às vezes às vezes, mas nunca nunca. Real, irreal, surreal. Empolgante, frustrante, decepcionante. Possui brilho, dor e remorso. Esse mundo de muitos, de poucos e de ninguém, estava lá, cento e noventa e oito meses atrás, tão vivo e cativante como hoje. Tão vivo, que mata, tão cativante, que frustra, tão vazio, que engana a mais nobre alma que possa existir.
Marcos sofre, pois, este mundo está cada vez mais presente, tão presente que o torna ausente. Tão frequente que o torna carente. Carente de si, do outro, de tudo. Marcos sofre. Marcos vai. Marcos volta. Marcos leva, Marcos traz. E o mundo novo está ali. Tão ali, mas tão ali, que pode ser alcançado com os dedos das mãos.
In paucis verbis, tudo que Marcos pode dizer.
segunda-feira, 27 de junho de 2022
Bruce Willis e a fragilidade humana
Quando li a notícia, logo fiz um paralelo do personagem com o homem real, que agora está doente. Os papéis de Willis sempre estavam associados ao modus operandi típico dos filmes de ação: a capacidade que o personagem principal possui de se safar de qualquer situação e que o faz parecer quase um super humano. A magia dos filmes de ação reside justamente no fato de que a morte parece frágil diante dos heróis. Eles até envelhecem, mas jamais perdem as suas habilidades, pois estas parecem transcender todas a limitações típicas da idade.
A vida na tela é incrível, no final tudo acaba bem, cabendo algumas exceções, é claro. Na vida real nem sempre é assim, nem sempre acaba bem, ou "quase nunca acaba bem", diria um pessimista. Como o personagem e o ator às vezes grudam um no outro, como se fossem um só, ver Bruce Willis doente foi decepcionante, triste, sombrio e destruidor. A afasia lhe tem tirado a capacidade de falar e está calando logo a voz daquele cujo personagem sempre tinha as palavras certas, na hora certa. A doença ainda tem tirado sua locomoção, logo daquele cujo personagem sempre tinha uma saída engenhosa para situações arriscadas, que incluía pular de prédios ou de carros em movimento.
A reflexão que fica é: somos tão frágeis que buscamos inconscientemente consolo para esta nossa fragilidade quando nos projetamos nestes heróis ou mesmo anti-heróis por não possuírem a nossa fraqueza. São fortes, inteligentes, independentes, decididos, atemporais, mas, como nada pode ser perfeito, nem mesmo na tela do cinema ou da televisão, falta algo a estes heróis. Falta-lhes a existência. Isso mesmo, eles não existem. Quem existe somos nós, nossa fraqueza, nossa limitação e tudo que nos atinge. Decepcionante, porém real, frustrante, mas palpável.
No fundo, a doença do Willis é a prova de que sempre serenos confrontados pela vida e por sua temporalidade e, além de tudo, pela fragilidade do nosso corpo e da nossa mente. A vantagem de saber disso, é que temos a opção de enfrentar tais confrontos com dignidade e cabeça erguida, o que faz o sofrimento ser menor.
Força Bruce Willis, torcemos por você!
Autor: Líniker Santana
sábado, 25 de junho de 2022
In paucis verbis
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Coisificado
O olhar frio, indiferente e arrogante de alguns servidores, parece indicar que a massa de pessoas que ali está é um incômodo para eles.
As pessoas, quando podem se assentar nas cadeiras de conforto duvidoso, se perdem entre sentimentos de raiva, impaciência e desespero, tudo claramente demostrado no constante olhar para os lados, troca da posição das pernas cruzadas e suspiros de frustração.
Este sentimento é potencializado quando os atendentes levantam, lentos como um barco a zarpar, e param diante de outros servidores públicos seguros de seu futuro, e começam a por algum assunto em dia. Dez minutos aqui, quinze ali, cinco mais a frente, são suficientes para fazer uma pessoa esperar muito mais que o necessário.
Desprezado e banalizado, esse é o diagnóstico que faço de mim mesmo, assim como dos outros. Coisificado, transformando em mero refém da necessidade .
Mas, o que nos libertaria disso tudo?
Ou vivemos sem precisar dos bancos ou busquemos, de alguma forma, demonstrar que são somos insignificantes como pressupõe alguns insensíveis servidores públicos.
Como?
Não existem repostas fáceis.
Autor: Liniker Santana
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
O prazer no processo: o percurso como elemento significante da existência
Há, porém, uma maneira pouco habitual, mas bastante intelectual de conceber o prazer: a busca deste sendo o verdadeiro prazer. Johannes, personagem do “Diário de um Sedutor”, obra do filósofo dinamarquês Sorën Aybe Kierkegaard (1813- 1855), deixa isto bem evidente em seu percurso intelectual para seduzir Cordélia, seu objeto de desejo.
Johannes di Silentio, como é conhecido este personagem de Kierkegaard, apresenta o processo de conquista como algo que coloca o homem em um estado de suspensão de espírito, numa dimensão de arrebatamento do “eu”. A percepção do belo, a observação dos detalhes do objeto, o viver cada situação, as possibilidades que cercam os momentos preliminares, na verdade se constituem a verdadeira harmonia de espírito que emite o prazer. Na condição de sedutor, Johannes via no prazer a finalidade de sua vida. As múltiplas maneiras de encontrá-lo faziam dele um verdadeiro mestre da ambiguidade, pois sempre conseguia tomar proveito de cada situação de uma maneira específica:
terça-feira, 15 de junho de 2021
Paternitas
sábado, 17 de abril de 2021
Lugar incrível
sábado, 10 de abril de 2021
Madrugada
sábado, 23 de janeiro de 2021
Poesia da Adolescência
Em meio ao mundo sutil
De largas portas e muros mil
Contemplo a face primaveril
Da adolescência que já partiu
Difícil é de aceitar
Perder o que mais me apaixonou
Tempo livre, momentos longos
De tal forma que me impressionou
Viver sorrindo por coisas simples
Difícil por outros de se aceitar
Todavia não contemplaram o que se apaixonar
O escuro torna-se claro
O abutre um belo pássaro
O inferno vira céu
A alegria rasga o véu
Passou, passou
Voou como pássaro
Que vai ao seu recanto nas montanhas
Longe de todos os homens
E de suas grandes façanhas
Minha adolescência, meu amor
O belo rosto, o dulçor
Para onde se foi?
Esse é meu clamor!
Se voltares romperemos com a realidade
Mas não importo, desde que a idade volte para onde começou
Não é só por beleza mas por destreza, liberdade e leveza
Reconheço os afins
Quanto mais jovem, mas longe do fim.
Autor: Líniker Santana
Obs.: Este texto eu escrevi no verão de 2010, quando ainda tinha 23 anos. Decidi publicá-lo novamente, pois senti saudades de minha adolescência, do dulçor daqueles que são dias incríveis da nossa vida, mas também, para comemorar os quase 11 anos de existência deste blog.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
Sensações do momento
quinta-feira, 26 de março de 2020
As coisas são valiosas por que acabam
Reflitam na letra desta cancão de 1969, interpretada por Mary Hopkin.
Créditos: Canal Gisele de Padua (Youtube)
terça-feira, 24 de março de 2020
Quando o poeta pergunta
As palavras vão e voltam vazias, sem sentido e carentes de beleza. Buscam o destino no coração abatido do poeta, mas não encontram, pois este perdeu a sua inspiração. Caem como chuva na alma do escritor, mas não conseguem molhá-lo, pois este desenvolveu uma resistência incômoda. O que terá acontecido com ele? O que fez aquele que outrora encantava e gerava sorrisos? O que foi feito àquele cuja alegria destilava nas doces noites de primavera? Terá o poeta perdido a sensibilidade? Terá as altas doses de realidade embriagado aquele que outrora vislumbrava o sonho? Ou terá sido a amargura do dia-a-dia que se desenha ante a falta de sensibilidade poética na sociedade atual? O poeta não sabe, eu não sei.
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Uma palavra aos estimados leitores!
Saudações a todos vocês, nobres leitores!
Gostaria de informar a todos vocês que a partir deste mês voltaremos a publicar novos textos. Os últimos quatro meses foram bem intensos, pois estava (e em parte ainda estou), focado na construção de um artigo para a conclusão de uma pós-graduação lato sensu na Universidade Federal de Alagoas. Em função disto, precisei me ausentar das publicações temporariamente.
Também gostaria de pedir que divulgassem este blog em suas redes sociais, para que mais pessoas possam ser alcançadas com textos que carregam um grande teor de sensibilidade existencial.
Não esqueçam: ler é viajar sem sair do lugar!
Com carinho,
Filósofo Líniker Santana
terça-feira, 10 de setembro de 2019
Tudo passará
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Tudo, alguma coisa e nada
Autor: Líniker Santana